domingo, 12 de dezembro de 2010

 Quando eu era pequena tinha uma vida maravilhosa, uma casa de classe média alta, cheia de brinquedos e amigos. Tudo era perfeito, exceto por minha MÃE.
 Ainda muito pequena comecei a perceber que “ela” tinha umas atitudes muito estranhas, eu não podia falar nada que a toda hora, isso se ninguém estivesse perto, mandava calar-me, pois uma “nojentinha, uma coisa insignificante como eu”, ninguém, na visão dela, estava a fim de ter conhecimento sobre o que passava na vida, muito menos ela.
 Meu pai sempre foi um homem muito bom e quando éramos pequenas, minha irmã e eu éramos sempre matriculadas em cursos de idiomas e esportes, mas eu nunca os fiz, pois, quando nós (ela e eu) saíamos de casa para que fossemos a estes cursos, ela sempre desviava o caminho e dizia que era para eu dizer ao meu pai, que havíamos ido ao lugar predeterminado.
 Na verdade eu nunca pude terminar meu curso de idiomas e nunca fiz os esportes que me eram determinados pelos médicos ortopedistas, o que me acarretou um desvio na coluna enorme e dores terríveis.
 As pessoas podem perguntar: Porque você não contava a ninguém? E eu respondo: Eu contava no início, mas NINGUÉM acreditava em mim, nem meu pai. Pois ela era uma pessoa muito doce, calma e altruísta, no entanto, comigo, ela era terrível.
 O interessante é que, diferente dos maltratos que podem ser analisados normalmente em crianças, em mim não havia, pois ela não me batia, logo, não tinha marcas.
 A sua forma de maltratos, que me feriam e me faziam chorar todas as noites, era a sua língua felina e a sua maldade em me impossibilitar de crescer na vida.
 Havia algo que ela sempre repetia para mim: “Coisinhas como você podem exercer um trabalho honesto e muito honrando, como o de doméstica... Porque você não fica ao lado da nossa cozinheira e aprende algo que, no futuro, você possa utilizar como profissão... Seria bom para você, afinal, o nosso dinheiro você não terá acesso, nada nesta casa será seu, então, é melhor começar a pensar o que você vai querer da vida”.
 Contudo, tinha algo sempre me chamava atenção nela, era a sua forma de falar, sempre muito calma, ela nunca se alterava, nem quando me mandava mentir e eu desobedecia. Podia sentir em seus olhos o ódio que ela sentia por mim, assim como, sua frustração quando não fazia o que me era imposto, mas, seu comportamento perante terceiros nunca se alterava, ela era extremamente dissimulada, fria e calculista.

22 comentários:

  1. Oi,

    Li seu post e me identifiquei com o relatado, pois em minha vida passei por situações aonde hoje identifico a psicopatia materna como causa das mesmas.

    Pena que nao achei uma forma de comunicação direta com você para falarmos sobre nossas experiências...e tentarmos aprender com isto.

    Seja feliz, e espero que supere os ocorridos...

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  2. Gente, é exatamente isso que passei a minha vida toda. Hoje sou uma mulher com 33 anos, que nunca conseguiu ter um relacionamento duradouro (minha mãe destruía todos com sua língua afiada e "doce" às escuras)... nunca consegui durar muito num emprego (no último ela me tirou pra que meu irmão - o protegido dela - entrasse)... nunca consegui terminar meus estudos, pois como ela sabia os dias das provas começava a me atasanar uns dias antes, pra me desequilibrar emocionalmente. somente aos 32 anos consegui tirar a carteira de motorista. Pois antes disso ela proibia meu pai de me pagar o curso (e como eu não tinha um emprego pra pagar por cursos ficava sem fazê-los, mesmo a família tendo dinheiro). Quando era pequena era obesa, hoje sou magrinha, mas porque comecei a me controlar quando me tornei moça e mesmo assim ela sempre comprava as coisas que eu mais gostava quando falava q tava de dieta (só comprava quando eu estava de dieta... acho que é o tal do prazer no sofrimento alheio). Tem N fatos que eu posso narrar da minha vida em que fui prejudicada, mas quando os conto (pra familiares), as pessoas olham pra mim como psicopata (justamente pelo meu histórico: 33 amos, solteira, sem filhos, sem emprego e sem "estudo")... Seria bacana se uma psicóloga ou um psiquiatra fizesse uma pesquisa sobre MÃES (pessoas casadas, com filhos, com um bom emprego, com estudo...) psicopatas (as que acabam com a vida de um ou mais filhos). A minha chegou a dizer um dia que o sonho dela era me ver numa cadeia e sempre fez de tudo e deixou bem claro que eu nunca teria um tostão do dinheiro do meu pai. Como se dinheiro pra mim fosse tão importante como é pra ela. Ela é cheia dos luxos, não come comida requentada, não gosta de animais (pra mim ela matou vários cachorros nossos)... Que tal, gente, um estudo sobre o caso? Pois fazendo pesquisa não achei esse perfil de psicopatas e eu convivi muitos anos com uma. Tenho dó do meu pai, não era um homem booom, mas não era ruim. Errava, mas eu notava arrependimento no seu olhar, carinho, ternura... no dela quando eu não via ódio eu via um olhar vago, sem sentimentos. Tenho muito a falar, se tiver alguém a fim de me ouvir e fazer um estudo. ;)

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    1. Olá amigos, eu sou a Carla, sou psicóloga e tenho uma mãe e uma irmã psicopatas. Acho que minha procura pela psicologia um dia, não foi a toa. Eu quero pesquisar sim sobre o assunto. Se vocês lerem minha postagem, me adicionem. Gostei da página. Também tenho horríveis experiências com essas pessoas e até hoje é bem difícil para mim. Vamos ser amigas? Quem sabe não podemos um dia escrever algo sobre o assunto? Suas experiências, assim como as minhas, poderão me ajudar a escrever. Um abraço e me compadeço da dor de vocês também. Meu facebook é Carla Cristina de Almeida. Me adicionem.

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    2. Procure Mães narcisistas no Google e entendam a patologia.

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    3. Psicokarla vc tem algum canal no YouTube, se tiver me passa Obrigada.

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Olá meninas! infelizmente, também tenho muito a contar. Eu e minha irmã também sofremos muito com a doença da nossa mãe. Nossa sorte é que temos um pai maravilhoso e encontramos na vida pessoas que acreditaram em nós e nos deram muito amor. Com o tempo, mais pessoas passaram a acreditar em nós e o tempo provou que não éramos loucos.

    Minha mãe é uma pessoa muito agradável, bonita, atraente (apesar das milhares de plásticas), muito eloquente, dona de um ótimo senso de humor, inteligente, endinheirada, contextualizada e com uma capacidade de encenação incrível. Tudo isso para encantar as pessoas que ela tem interesse. Para as pessoas que ela não tem interesse ou que não fazem parte de seus planos, a face é outra, bem diferente.

    A face verdadeira da minha mãe é de uma pessoa extremamente interesseira, manipuladora e capaz das piores mentiras e intrigas para conseguir o que quer. Os objetivos dela estão sempre relacionados a dinheiro, imagem e status. Infelizmente demorarmos muito para descobrir o diagnóstico de psicopatia. Antes disso passamos por inúmeras situações tristes e vergonhosas que nos deixaram profundamente amarguradas com a mãe que temos. Além disso, saber que ela nunca irá se tratar e que continuará prejudicando pessoas é algo muito desanimador. Então, após várias consultas, perguntamos a um renomado psiquiatra como fazer para lidar com essa mãe e ele nos disse: não tendo contato ou estabelecendo limites firmes, sempre.

    Ficar sem falar com essa mãe ou tentar estabelecer limites é algo muito difícil. Por ser para os outros uma pessoa sensacional, nós sofremos pois só consegue alcançar a complexidade da problemática desse tipo de relação aqueles que conseguem observar e entender que existe um problema maior e grave. Mas, normalmente, as pessoas simples, puras e de bom coração não conseguem reconhecer e nem acreditar que existem pessoas tão más quanto os psicopatas.

    Confesso que isso aconteceu conosco também e até hoje me pego pensando se não sou injusta em julgar a minha mãe. É muito difícil ter que lembrar a toda hora da fábula do escorpião e o sapo, mas esse é o meu melhor remédio.

    Infelizmente, não posso ir contra a natureza dela. Por isso sofro e lamento muito por ser tão incapaz de mudar uma pessoa que amo e que poderia ter construído uma vida tão melhor. É triste!

    Por isso, e por tentar ajudar outras pessoas, gostaria de contribuir com o livro e me coloco à disposição para conversar com pessoas que sofram com o mesmo problema.

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  5. Olá, gostaria de trocar mais experiências sobre esta doença que destroi tantas familias. Minha mãe é uma psicopata.

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  6. Olá, eu também passei muito com a minha mãe.

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  7. Lembro-me que quando era muito pequena era invisível para ela. Eu tascava muito tempo a brincar na rua, em casa dos vizinhos, ou em casa sozinha.Não tinha ninguém a cuidar de mim. Na adolescência quando precisava socializar, criar um círculo de amizades, ela proibia-me de sair de casa só tinha amigos na escola. As férias de verão passava fechada em casa a ver TV, pintar pk sempre adorei desenhar e pintar, ouvir música e cuidar da minha irmã mais nova. Ela não me deixava sair para lado nenhum tinha k ir só com ela. E foi assim ano após ano. Desenvolvi transtorno depressivo e ansiedade. Ela dizia que eu não sabia fazer amigos, que não confiava em mim, que se eu saisse ia fazer asneiras e arranjar problemas, e convencia o meu pai disso, manipulava-o, e fez com que eu não criasse laços com ele. Quando eu tinha 17 anos ela engravidou, e obrigou-me a sair da escola para cuidar do meu irmão. Ele era a minha vida, cuidava dele 24 horas por dia, quando estava doente era eu que tratava e levava ao médico, ele começou a tratar-me por mãe. Mas eu não podia continuar fechada em casa a cuidar dele. E discutimos muito, muito, pk eu queria trabalhar. Do nada ela mudou de ideias e meteu-me a trabalhar na mesma empresa que ela. Mas eu tinha que pagar as despesas do infantário do meu irmão, e o meu ordenado era controlado por ela, nunca comprei nada com o meu dinheiro. Nunca fui feliz naquele trabalho, foi um pesadelo que vivi durante 12 anos. Finalmente consegui libertar-me dela, mas com isso perdi o meu irmão, já não falo com ele a mais de 3 anos. Ela mudou a minha maneira de ser, e usa-se consegui que eu deixa-se de existir.

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  8. Gostaria de trocar ideias e ajuda, minha mãe é psicopata. Há quase três décadas...ela me destrói emocionalmente; me mata todos os dias.Mentiras,calúnias, fria, sinto que ela me odeia e tbem minha irmã. Ela faz de vitima para as pessoas, E me avisa.muitos acreditam nela ela fantasia histórias. É uma pessoa fria.Já tentei suicídio e quase morri. ..não aguentava mais. ..sinto que ela quer me destruir, me destabilizar.Sofro depressão e ansiedade por causa disso
    Ela me provoca todo tempo...faz de coitada para os outros...mas dentro de casa é agressiva, vingativa, E provocativa.Já li uma matéria que não tem cura, precisa sair da vida deles...eles não mudam. A separação é a saída. Depois vão procurar outras vítimas. É terrível.

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    1. Está acontecendo comigo estou grávida e estou na casa dela terrível

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  9. Gostaria de trocar ideias e ajuda, minha mãe é psicopata. Há quase três décadas...ela me destrói emocionalmente; me mata todos os dias.Mentiras,calúnias, fria, sinto que ela me odeia e tbem minha irmã. Ela faz de vitima para as pessoas, E me avisa.muitos acreditam nela ela fantasia histórias. É uma pessoa fria.Já tentei suicídio e quase morri. ..não aguentava mais. ..sinto que ela quer me destruir, me destabilizar.Sofro depressão e ansiedade por causa disso
    Ela me provoca todo tempo...faz de coitada para os outros...mas dentro de casa é agressiva, vingativa, E provocativa.Já li uma matéria que não tem cura, precisa sair da vida deles...eles não mudam. A separação é a saída. Depois vão procurar outras vítimas. É terrível.

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    1. Olá Valéria Fernandes. Vi que seu comentário é o mais recente. Gostaria de trocar uma idéia. Parece que você estava falando da minha mãe. Não tenho ninguém pra conversar pois ninguém acredita em mim. Só me julgam. Acho que poderíamos nos ajudar conversando e botando pra fora o que nos aconteceu...

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    2. Procure no YouTube o canal da Taryana Rocha sobre mães narcisistas.

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  10. Poder ler os comentários de vocês hoje me mostrou que não estou sozinha.
    Porque nós sentimos taão culpados?

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  11. Maligna é a palavra mais light que tenho para descrever o monstro que envenena a minha existência. Tóxica, provocadora, dissimulada, armando cilada por todos os lados; minando o meu caminho ... sair do alcance, aguardo essa oportunidade, mas não a sei criar ...

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  13. Este comentário foi removido pelo autor.

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  14. Qual a diferença entre mães narcisistas e psicopatas?

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